“PLUS SIZE” COM ESTILO E SEM MEDO DE SER FELIZ

‘Quero que as gordinhas tenham seu espaço’, diz modelo plus size de MG

Dryelle Fernandes venceu o concurso 'Miss Simpatia Pluz Size' em 2013 (Foto: Arquivo Pessoal)


Premiada como a ‘miss simpatia’ no concurso ‘Plus Size Mulheres Reais’, a professora de Andradas (MG), Dryelle Fernandes, de 27 anos, concorre agora ao título de “A mais bela gordinha do Brasil 2014” e disputa votos com garotas que atuam na modelagem plus size em todo o Brasil.

Embora planeje conquistar mais um título, Dryelle confessa que o mais importante é a luta em que tem se engajado. “Quero continuar lutando para que as gordas tenham seu espaço na sociedade. Correndo atrás para que tenhamos mais lojas especializadas. Mostrar que não fazemos apologia à obesidade, mas queremos ser tratadas como pessoas normais e além de tudo felizes”.

Com 1,71 metro, 109 quilos e o manequim 50, a professora disputa ‘curtidas’ em sua foto em uma rede social, já que a mais popular ficará isenta da taxa de inscrição. A votação vai até o próximo dia 31 de janeiro. Já premiação acontece na Feira de São Cristóvão, no Rio de Janeiro (RJ) em maio deste ano. A data ainda não foi divulgada.
Modelo plus size afirma que luta por espaço para as gordinhas na sociedade (Foto: Arquivo Pessoal)Modelo plus size afirma que luta por espaço para as gordinhas na sociedade (Foto: Arquivo Pessoal)












Eu participo por causa de autoestima, para sentir-me bem, valorizada e para reforçar também que a sociedade está nos vendo com outros olhos”, disse a professora, que já contou também que na adolescência não se aceitava e que passou por uma longa etapa até se tornar modelo e representar as mulheres gordas.
Pedagoga atua também como modelo na região (Foto: Arquivo Pessoal)Pedagoga atua também como modelo
na região (Foto: Arquivo Pessoal)
“Fico feliz por ver que a sociedade não nos enxerga mais apenas como ‘gordas’ e sim como pessoas normais, que tem seus defeitos, qualidades e muita força para viver. Com isso, acabo me superando no dia a dia”, completou.

E para conseguir estas superações, Dryelle não pretende parar de se inscrever nos concursos. Para ela, esta é a chance de se fortalecer e de conquistar mais espaço para o Sul de Minas. “Já sofri muito preconceito, até mesmo depois de ter vencido o concurso. Me falaram que eu era a mais gorda de todas as outras candidatas. Na hora, me magoou, mas depois deixei entrar por um ouvido e sair pelo outro”, revelou.

Apesar de não esconder que sofre preconceito por causa do manequim, a modelo comenta que prefere não se importar com isso e destaca que “nunca esteve tão bem”. Para isso, ela conta que não se sente limitada para nada por causa do peso e que adora pedalar e dançar. “Sempre que quis algo corri atrás e me esforcei para isso. Não é porque eu sou gorda que vou deixar de fazer o que gosto”.

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